Vinte casos de microcefalia são investigados no Acre, diz Ministério
O Acre investiga 20 casos de microcefalia, de acordo com o novo boletim
epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (4). Os
dados apontam que, até o dia 30 de abril, em todo o Brasil foram confirmados
1.271 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos
de infecção congênita, em todo o país.
No total, foram notificados 7.343 casos suspeitos
desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 2.492 foram
descartados. Outros 3.580 estão em fase de investigação. O informe reúne
semanalmente as informações encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde.
O boletim mostra que dos 20 casos investigados, 17 já
foram descartados e o restante está em investigação. Do total acumulado de
casos notificados de 2015 a 2016, são 37 no estado.
O Ministério da Saúde está investigando todos os casos
informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras
infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes
infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes
Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
No boletim, o órgão orienta as gestantes adotarem
medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a
eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter
portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e
utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Fundação Osvaldo Cruz investiga surto
de doença de Chagas no Juruá
Uma equipe da Fundação Osvaldo Cruz está na região para investigar um
surto de doença de chagas na região do Vale do Juruá. Cruzeiro do Sul e
Rodrigues Alves já registraram nove casos de doença de chagas nos últimos
meses.  Sete desses foram notificados na Comunidade Nova Cintra, onde dois
foram a óbito, e outros dois na Comunidade Candal, zona rural de Cruzeiro do
Sul.
As informações foram repassadas pela
coordenadora do programa de combate a doença de Chagas no Acre, Carmelinda
Gonçalves. A suspeita mais provável para o contágio é através da ingestão do
vinho do açaí , feito em precárias condições de higiene e que teria entrado em
contato com as fezes do barbeiro, causador da doença de chagas, que  leva
o infectado a ter problemas digestivos e cardíacos.
A coordenadora enfatizou que o
problema não esta no fruto nem no vinho, mas na maneira como é preparado. A
equipe de nove profissionais da Fiocruz esteve nas localidades onde as pessoas
foram infectadas pela doença para avaliar a situação e fazer um serviço de
orientação aos moradores sobre as formas de contágio
Segundo Carmelinda Gonçalves, a partir de agora deve
haver uma união de esforços no sentido de orientar a população sobre como
evitar a transmissão da doença.Uma das ações imediatas a serem realizadas é
quanto a visita de técnicos da Secretaria de Produção Familiar (Seaprof) nas
residências e pequenos estabelecimentos que produzem açaí, de forma artesanal,
visando repassar as informações corretas para a fabricação do vinho. Com
informações do site Juruáonline.
Bactéria diminui capacidade de Aedes
transmitir o vírus da zika
Mosquitos Aedes
aegypti contaminados
com a bactéria Wolbachia são drasticamente menos capazes de transmitir o vírus
da zika, aponta pesquisa da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), publicada nesta
quarta-feira (4), na revista “Cell Host & Microbe”. É o primeiro estudo que
relaciona os efeitos da bactéria com o vírus da zika.
A contaminação de
mosquitos Aedes com a bactéria Wolbachia foi incialmente desenvolvida como
parte de um projeto internacional chamado Eliminar a Dengue: Nosso Desafio. A
bactéria era introduzida nos ovos dos mosquitos que, em seguida, eram expostos
ao vírus da dengue.
A experiência
demonstrou que a Wolbachia era capaz de bloquear o vírus no Aedes aegypti, impedindo que a doença fosse
disseminada. Uma vez infectado, o mosquito transmite a bactéria para os seus
descendentes.
O mesmo efeito
inibidor foi observado com vírus da zika – e anteriormente, também, no vírus
chikungunya.
“Zika e dengue
pertencem à mesma família de vírus, portanto, com o surto no Brasil, a ideia
lógica era testar os mosquitos portadores Wolbachia, testando-os com o vírus
zika e ver o que iria acontecer”, explicou Luciano Moreira, coordenador do
estudo da Fiocruz, segundo comunicado.
O estudo comparou
mosquitos Aedes aegypticomuns com mosquitos contaminados
com Wolbachia. Eles foram alimentados com sangue humano infectado por duas
cepas recentes do vírus zika que está circulando no Brasil.
Após duas semanas, os
pesquisadores notaram que os mosquitos que transportavam Wolbachia tinham menos
partículas virais em seus corpos e saliva, em comparação com os demais. Os
testes mostraram que o vírus presente na saliva do mosquito não era ativo – o
que significa que o mosquito não seria capaz de transmitir o vírus zika.
“A Wolbachia
mostrou-se tão eficaz com o vírus da zika como as mais importantes experiências
de dengue que fizemos”, disse Moreira.
No entanto, ele
adverte que a estratégia não é totalmente eficaz e nem vai eliminar o vírus.
“Sabemos que não
haverá apenas uma solução para zika. Nós temos que fazer isso com diferentes
abordagens, como vacinas ou inseticidas, além das medidas públicas para
controlar os locais de reprodução Aedes”, ponderou.
 



 
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