Mapa
economiza mais de R$ 287 milhões com a fusão ao Ministério da Pesca
A fusão entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) resultou em
uma economia de R$ 287,3 milhões. O anúncio foi feito pela ministra Kátia Abreu
nesta quinta-feira (5), em Brasília. O ajuste de convênios, por exemplo, gerou
uma economia de R$ 135,9 milhões.
“Não é porque é público que pode ser de qualquer
jeito. A gestão pública pode, sim, se aproximar da gestão privada",
ressaltou a ministra, ao defender os cortes feitos pelo governo. Ela apresentou
o balanço dos sete meses da fusão do MPA ao Mapa junto com a
secretária-executiva Mila Jaber, o secretário de Aquicultura e Pesca, Marlon
Cambraia, e a secretária de Mobilidade Social e do Produtor Rural e Cooperativismo
do Mapa, Tânia Garib.
Segundo Mila Jaber, foram feitos cortes em contratos
no valor R$ 44,2 milhões. Nas superintendências federais de Agricultura, a
contenção de gastos chegou a R$ 65,7 milhões. Além disso, houve redução de 200
cargos comissionados (R$ 41,7 milhões). “Podemos continuar nosso trabalho com
uma estrutura enxuta, mas com bons resultados”, disse Mila.
Ao todo 2.976 certificados de embarcações foram
renovados, o que representou uma redução de 75% do que estava pendente.
Atualmente, faltam apenas 951 certificados. De acordo com Marlon Cambraia, foi
criada uma força-tarefa para não deixar nenhuma embarcação impedida de
desenvolver sua atividade profissional.
As atribuições do extinto MPA passaram agora para a Secretaria de Aquicultura e Pesca, que têm departamentos: Planejamento e Ordenamento da Aquicultura; Ordenamento e Planejamento da Pesca e Registro, Monitoramento e Controle da Aquicultura e Pesca.
As atribuições do extinto MPA passaram agora para a Secretaria de Aquicultura e Pesca, que têm departamentos: Planejamento e Ordenamento da Aquicultura; Ordenamento e Planejamento da Pesca e Registro, Monitoramento e Controle da Aquicultura e Pesca.
Fonte: Mapa
Presidente
da CNA afirma que plano safra do governo é intempestivo e não contempla as
propostas do setor agropecuário
João Martins criticou a ausência de uma política clara para o seguro
rural, além de taxas elevadas de juros para as operações de custeio
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA), João Martins, considerou “intempestivo e inadequado o anúncio
do novo Plano Safra 2016/2017, divulgado nesta quarta-feira (04) pelo governo,
especialmente porque foi rompida a tradição de discussão prévia das metas com o
setor agropecuário, transformando-se o documento numa mera carta de intenções”.
Martins lembrou que a tradição foi abandonada, a CNA não foi ouvida previamente
pelo Governo quando da elaboração do plano, com o documento contendo pontos
altamente negativos como as “elevadas taxas de juros, omissão em relação ao
seguro rural e queda no nível de investimento”.
João Martins lembrou que a CNA havia inovado este ano
ao colocar técnicos para visitar todas as regiões do país, numa ampla consulta
aos produtores, mas “quando íamos apresentar as propostas consolidadas da
agropecuária, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
cancelou o encontro”. Durante entrevista coletiva concedida na sede da CNA,
hoje, 04/05, João Martins informou que a instituição já entregou ao
vice-presidente Michel Temer um documento, denominado “Propostas para a
Evolução do Setor Agropecuário”, contendo as principais demandas do segmento e
as alternativas para manter a competitividade do setor tanto no mercado interno
quanto na área internacional.
Omissão grave - O vice-presidente da CNA e da
Comissão Nacional de Política Agrícola da entidade, José Mário Schreiner,
também presente à coletiva, destacou que o Plano Safra anunciado pelo Governo
“contempla uma omissão grave, a ausência de uma proposta firme de seguro
agrícola, instrumento moderno que dará mais segurança ao produtor no caso de
intempéries climáticas”. O total de recursos financeiros previsto, R$ 400
milhões, segundo Schreiner, é completamente insuficiente. A verba mínima
necessária, segundo ele, supera R$ 1 bilhão. Nos Estados Unidos, o seguro rural
já está consolidado e atende às expectativas do produtor, com recursos
financeiros superiores a US$ 7 bilhões.
No entender de João Martins, o Plano Safra do Governo
contém pelo menos dois pontos extremamente vulneráveis: a elevada taxa de juros
e recursos insuficientes para o seguro rural. Sem contar, assinalou o
presidente da CNA, que o Plano se transformou numa mera carta de intenções e
precisa ainda de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), e, em seguida,
de normas a serem determinadas pelo Banco Central. Depois de tudo isso, ainda
terá de ser aprovado pelo plenário do Senado.
Recursos financeiros - O volume de recursos previstos
no Plano de Safra, destinados ao custeio, comercialização e investimentos, R$
202,8 bilhões, estão dentro das expectativas do setor, segundo Martins. O
problema, na sua avaliação, está em saber se o dinheiro será realmente
liberado. O fato é que “precisamos de um plano agrícola o mais próximo possível
da realidade, com taxas de juros compatíveis com a capacidade de pagamento do
produtor”, avaliou o presidente da CNA. A questão dos juros, argumentou,
precisa ser reavaliada.
As taxas de juros do novo plano subiram, em média,
0,75 ponto percentual, em comparação com o programa em execução, ressaltou o
presidente da CNA. E, ao mesmo tempo, o investimento total foi reduzido de R$
38 bilhões para R$ 34 bilhões. Nesse cenário, no entender de Martins, mudanças precisarão
ser feitas. Ele lembrou que o Governo aumentou a taxa de juros num momento em
que “a inflação começa a dar sinais de queda”.
Nomes para a agricultura – João Martins destacou ainda que a
CNA “tem mantido um diálogo republicano com o vice-presidente da República, que
pode assumir o Governo caso o Senado aprove a admissibilidade do impeachment”.
“Temos diversos nomes, mas o mais importante é ter alguém no MAPA com
conhecimento no setor, capaz de executar políticas modernas para a agropecuária
brasileira, a única atividade econômica com índices positivos de crescimento no
atual momento vivido pelo país”.
Fonte:
CNA
Câmara
aprova MP sobre renegociação de dívidas de agricultores
A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) 707/15, que reabre
prazos e concede benefícios para a quitação ou renegociação de dívidas rurais.
A MP original prorrogava prazos para evitar que mutuários com pagamentos em
atraso fossem cobrados judicialmente ou suas dívidas encaminhadas à Dívida
Ativa da União. A data final de dezembro de 2015 passou a ser dezembro de 2016.
Uma das emendas aprovadas concede anistia de multas
pelo atraso na entrega da Guia de Recolhimento do FGTS (Gfip), ainda que
somente informativa, no período de 27 de maio de 2009 a 31 de dezembro de 2015.
A MP será agora apreciada pelo Senado. Se for modificada voltará para nova
deliberação da Câmara.
Em outra votação, os deputados rejeitaram a MP
704/2015, que permitia ao governo usar recursos do superávit financeiro de
2014, vinculados a despesas específicas, para cobrir outras despesas primárias
obrigatórias no exercício de 2015. A rejeição ocorre em votação simbólica e a
MP irá ao arquivo. Os atos e efeitos gerados durante a validade da MP devem ser
disciplinados por projeto de decreto legislativo ou, na sua ausência, serão
considerados convalidados.
Na última votação da noite, os parlamentares aprovaram
por 226 votos a 180 e 4 abstenções, substitutivo da Mesa Diretora da Câmara ao
Projeto de Resolução 88/15, que cria cargos de natureza especial para adequação
das estruturas de lideranças e representações partidárias na Casa. A matéria
foi promulgada e a sessão encerrada em seguida.
Fonte:
Agência Brasil
CAR é prorrogado por mais um
ano para pequenos produtores
O governo prorrogou para maio de 2017 o prazo para que
pequenos produtores rurais e agricultores familiares façam o Cadastro Ambiental
Rural (CAR) de suas terras.
A prorrogação assegura que os mais de 1 milhão de
proprietários e posseiros de pequenas terras que ainda não fizeram o cadastro
não sejam prejudicados no acesso aos benefícios previstos no Código Florestal.
Para fazer o cadastro, os proprietários precisam
informar a situação das áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, Uso
Restrito, florestas e vegetação nativa e as áreas consolidadas das propriedades
e posses rurais.
A prorrogação do CAR não vale para propriedades
superiores a quatro módulos fiscais, o equivalente a 110 hectares. Nesse caso,
os proprietários que não cumpriram o prazo vão perder o direito aos benefícios
do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e também ficarão sujeitos a
restrições de crédito agrícola após 2017.
O primeiro prazo para o cumprimento do CAR era maio de
2015, mas o limite foi prorrogado para 2016 após pressão do setor agropecuário.
Este ano, o novo adiamento foi definido após muita discussão.
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que administra o
Sistema de Cadastramento Ambiental Rural, informou o programa de adesão ao CAR
na internet vai continuar a receber os cadastros. Nesta sexta-feira (6) a
ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, irá apresentar o balanço do
cadastro por estado.
Fonte: ac24horas
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