Ter uma horta em casa não significa apenas valorizar a alimentação
saudável. O plantio de alimentos caseiro também beneficia o meio ambiente. De
fato, para muitas pessoas ainda impera o mito de que a horta depende de espaços
grandes. Porém, é possível cultivar alimentos em espaços pequenos das
nossas casas, como quintais e varandas.
Nas hortas, são produzidos diferentes tipos de produtos agrícolas
vegetais, como legumes, frutas, tubérculos e cereais. Por produzirmos produtos
alimentares distintos ao longo do ano faz com que a diversidade dos produtos
vegetais na nossa alimentação seja maior. A garantia da inclusão e o consumo de
mais nutrientes na nossa dieta, a par da sua qualidade nutricional ser
superior, também faz com que se diminuam os custos com a saúde em longo prazo.
A oportunidade de incluir socialmente pessoas que, por algum motivo, se
encontravam discriminadas ou desocupadas (desemprego, experiências de vida e/ou
problemas familiares) é outra das vantagens associadas às hortas, incluindo as
urbanas. Uma horta pode servir para reforçar os laços da comunidade e
tornar as pessoas mais valorizadas e úteis à sociedade, contribuindo para a
diminuição de fossos sociais entre classes.
No que se refere à economia, um
acesso direto, regular e com qualidade e segurança alimentar permite aos
agregados familiares uma poupança direta na aquisição destes produtos. A
possibilidade da venda de alguns excedentes em feiras ou em mercados especializados
também se pode traduzir numa vantagem. Em longo prazo, este tipo de produção
contribui ainda para a diminuição das importações destes produtos que
desequilibram a nossa balança comercial.
Outro benefício das hortas é
permitir às crianças e jovens o acesso a uma experiência prática na produção de
alimentos e na gestão de recursos naturais. Esta é uma das formas de investir
em cidadãos mais conscienciosos no futuro e com mais ligação aos métodos e
tempos de cultivo para cada cultura, tornando-os futuros adultos mais
responsáveis.
A prática de uma agricultura mais solidária ao
meio ambiente também contribui para a valorização da biodiversidade agrícola e
para a valorização dos ecossistemas. As hortas e os métodos de cultivo
que lhes estão associados também contribuem para o uso sustentado dos recursos
e para a diminuição de perda de patrimônio genético como as variedades
regionais ou as espécies autóctones.
A criação de hortas perto dos meios
urbanos ou o seu aumento nos meios rurais contribui para a manutenção da
paisagem portuguesa, que é fundamental na atratividade turística do país,
contribuindo também para a diminuição dos incêndios florestais nos terrenos
abandonados.
Também não podemos esquecer que ter
uma horta está relacionado com o nível de qualidade de vida, pois ao
desenvolver atividades ao ar livre como semear e regar, está também a fazer
exercício físico e a contribuir para o seu bem estar mental. A horta pode
ser um bom escape ao estresse do quotidiano e um bom palco para momentos de
realização financeira.
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