O
presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Nilson Leitão
(PSDB-MT), afirmou hoje (17) que vai exigir a redução dos juros do crédito
rural em pelo menos 2,5% em todas as linhas para o financiamento da
próxima safra. “Estamos decididos a apresentar esta reivindicação para o Plano
Agrícola e Pecuário 2017/18 porque o cenário da economia brasileira nos mostra
que a inflação está em declínio, como há também uma forte tendência de
baixa da Selic, a taxa básica de juros, para este e o próximo ano”. Os
juros atuais da agricultura comercial variam de 8,0% a 10,5% de acordo com a
linha do empréstimo.
Leitão
explicou que a FPA vai promover o primeiro grande encontro, em Brasília, com as
entidades representativas do setor rural, no próximo dia 27 deste mês
para tratar do assunto, “mas desde já podemos assegurar que não vamos deixar de
exigir e defender com unhas e dentes a redução dos juros para o custeio,
investimentos e comercialização, assim como lutar pelo aumento do volume
de recursos do Plano Agrícola para mais de R$ 200 bilhões e de,
pelo menos, R$ 1 bilhão para a subvenção do seguro rural. “É um mínimo que
o setor vai exigir”, sinalizou
Investimentos - A proposta do setor, acolhida pela FPA, é reduzir os juros do
Programa de Modernização à Irrigação e Cultivos Protegidos (Moderinfra), do
Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos
Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), do Programa ABC (Agricultura de Baixa
Emissão de Carbono), dos programas de investimento para construção de
armazéns (PCA), inovação e modernização tecnológica na agropecuária (Inovagro e
Moderagro) e os destinados às cooperativas (Prodecoop e Procap-Agro).
“Nós, do setor produtivo rural, podemos fazer muito mais para a recuperação da
combalida economia brasileira, desde que entendam que o agronegócio apresenta
respostas imediatas quando estimulado; então este é o momento certo de o
governo demonstrar a intenção de nos apoiar”, pontuou o presidente da
FPA. No entender de Leitão, a safra recorde de 223 milhões de toneladas de
grãos, que se colhe agora, é a mais autêntica demonstração do que o campo
é capaz de contribuir com muita rapidez para o soerguimento da
economia brasileira, gerando empregos, renda, aumentando a arrecadação
tributária, etc.
Leitão explicou que nas conversas que terá com as autoridades governamentais
vai chamar a atenção para a necessidade urgente de investimentos em armazéns,
portos e estradas na região que se convencionou denominar de “Arco
Norte”. “Assistimos impotentes ao descalabro de caminhões atolados
na BR-163, no Pará, e dificuldades no Mato Grosso, para o
escoamento da safra, uma situação vexatória nas rodovias do Centro-Oeste no
momento crucial para o transporte dos grãos. E a produção dessa região deve
crescer continuamente, o que nos preocupa pela sua falta de infraestrutura”
Fonte: FPA
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