CNA
defende revisão das normas de licenciamento ambiental para o setor agropecuário
Em
audiência pública na Câmara dos Deputados, representante da entidade disse que
legislação traz insegurança jurídica para produtores e aquicultores
Brasília (01/06/2016) - O assessor técnico da Comissão Nacional de Meio
Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Carlos
de Petribú Dé Carli Filho, defendeu, nesta terça-feira (31/5), a revisão das
normas de licenciamento ambiental não só para a aquicultura, mas para todo o
setor agropecuário. Segundo ele, a legislação sobre o tema deve levar em conta
as peculiaridades de cada estado e dos biomas brasileiros. No entanto, hoje,
além da complexidade das leis, que trazem insegurança jurídica para o produtor,
há regras gerais para o país inteiro.
Dé Carli participou de
audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, que reuniu
representantes do setor privado e do governo para discutir a prática da
aquicultura em águas da União. “O licenciamento ambiental virou, junto com a
falta de crédito, um problema para o produtor rural. Uma coisa que veio para
tentar solucionar virou um problema”, afirmou. “Hoje, as regras para a
atividade agropecuária são as mesmas para outros setores produtivos, onde tudo
foi jogado dentro do mesmo saco”, completou.
Um dos pontos cruciais,
não apenas para a aquicultura, mas para toda a atividade agropecuária, é a
competência para fazer o licenciamento. Ele defendeu, juntamente com
representantes do setor aquícola, que o licenciamento seja feito pelos estados
de forma declaratória, na qual a unidade federativa informa previamente os
locais aptos para receber a atividade e também as exigências mínimas de
infraestrutura necessária para que se diminua o impacto da atividade.
Explicou, também, que
um dos critérios para pedir o licenciamento que está sendo discutido agora no
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é o número de animais. “Ter 500
bois em Alagoas não é o mesmo que ter 500 bois em Mato Grosso. Assim como
produzir tilápias e pirarucus”, justificou. Sem falar na burocracia para
liberar a licença ambiental, que pode durar vários anos.
Outro tema levantado
pelo representante da CNA foi a falta de pessoal para analisar o licenciamento.
“Na maioria dos estados, o mesmo técnico que analisa o licenciamento de uma
atividade agropecuária é o mesmo para analisar o CAR (Cadastro Ambiental
Rural), o Programa de Regularização Ambiental (PRA), ou o licenciamento de um
posto de gasolina, de uma hidrovia ou ferrovia. Ou seja, a quantidade de
pessoas para nos ajudar é
Fonte:
CNA
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