Governo
propõe criação da Embrapa Tecnologias
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) encaminhou ao Congresso Nacional proposta de projeto de lei que autoriza
a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a criar uma
subsidiária, a Embrapa Tecnologias (EmbrapaTec). O anúncio foi feito pela
ministra Kátia Abreu durante a cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e
Pecuário 2016/2017, nesta quarta-feira (4), no Palácio do Planalto, em
Brasília.
“A criação da EmbrapaTec é o primeiro passo no caminho
da independência. Para que essa nova empresa possa se focar 48 horas na venda
dos produtos que a Embrapa produz”, destacou Kátia Abreu, em seu discurso. A
EmbrapaTec, acrescentou, vai permitir que todo esse ativo construído pelo
Brasil possa reverter na autossustentação da empresa. “Queremos nossa
independência e aumentar nossos recursos.”
A proposta prevê que a Embrapa negocie e comercialize
tecnologias, produtos e serviços desenvolvidos por ela ou por outra instituição
científica, tecnológica e de inovação (ICT).
A subsidiária também deve ser responsável por explorar
o direito de uso das marcas e os direitos da propriedade intelectual, a fim de
promover a disseminação do conhecimento gerado pelas unidades de pesquisa e
ICTs em favor da sociedade brasileira.
A EmbrapaTec ainda será autorizada a constituir um
Fundo de Apoio à Pesquisa destinado a financiar as atividades de pesquisa,
desenvolvimento e inovação, aplicadas em benefício da agricultura nacional.
Nova unidade em Maceió
Ainda durante a cerimônia do anúncio do Plano Agrícola
e Pecuária 2016/2017, foi assinado protocolo para criação da nova unidade da
Embrapa voltada à pesquisa de alimentos funcionais, aromas e sabores do Brasil.
A ministra Kátia Abreu e o governador de Alagoas, Renan Filho, assinaram o
termo de criação da unidade, que funcionará em Maceió.
O estudo para a nova unidade já havia sido anunciado
pela ministra e pelo presidente da Embrapa, Maurício Lopes, em fim de janeiro
deste ano.
A Embrapa Alimentos Funcionais, Aromas e Sabores faz
parte da estratégia da ministra de aumentar a competitividade e a inovação na
produção agropecuária brasileira. Alimentos que trazem maior densidade
nutricional e novas funcionalidades agregam alto valor à produção.
A nova unidade também buscará a integração entre a
produção agropecuária, a gastronomia e o turismo, a exemplo do que regiões do
interior da França e da Itália já fazem.
A divulgação dos produtos das regiões brasileiras,
ricas em diversidade biológica e cultural, de acordo com Kátia Abreu, abrirá
oportunidades de negócio no exterior.
Fonte: Mapa
Novo Plano Safra já nasce morto e sem apoio das
instituições do agronegócio
O
governo da presidente Dilma Rousseff está caminhando para os seus últimos dias
e também, consequentemente, a atuação de Kátia Abreu no Ministério da
Agricultura. Ainda assim, o novo Plano Safra foi anunciado nesta quarta-feira,
4 de maio. Mas não seria este um plano que já nasce morto? A resposta das principais lideranças
do agronegócio é sim.
O plano 2016/17, que traz um volume recorde de crédito de R$ 202,88 bilhões para agricultura nacional, de 8% a mais do que no ano passado, chega a público sem o apoio das principais entidades do agronegócio e, mais do que isso, sem a certeza de que poderá ser executado. O rombo nas contas públicas, afinal, passa de R$ 100 bilhões e é o maior da série histórica. Falta dinheiro e os números não fecham.
O plano 2016/17, que traz um volume recorde de crédito de R$ 202,88 bilhões para agricultura nacional, de 8% a mais do que no ano passado, chega a público sem o apoio das principais entidades do agronegócio e, mais do que isso, sem a certeza de que poderá ser executado. O rombo nas contas públicas, afinal, passa de R$ 100 bilhões e é o maior da série histórica. Falta dinheiro e os números não fecham.
Além
disso, mais uma vez neste ano, o setor não foi ouvido. A crise política e
econômica agravou algumas das principais dificuldades do campo, as quais exigem
mudanças, porém, as mesmas não são ampla e profundamente conhecidas pelos
governantes, ou estão sendo ignoradas. E isso não é uma situação recente.
O
Notícias Agrícolas, nesse cenário conversou com diversos representantes da
agricultura e pecuária nacionais e a reação é a mesma entre todos eles: a de
não apoiar o Plano Agrícola e Pecuário 2016/17. O setor não foi ouvido, as
medidas não foram discutidas e debatidas e, por isso, não podem ser apoiadas,
dizem as instituições. Para o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que
faz parte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o plano foi construído
com um restrito grupo dentro do ministério, com base em dados que, muitas
vezes, não explicitam a realidade vivida pelos produtores rurais.
E
como empregar certeza em um plano tão amplo como o Agrícola e Pecuário vindo –
e antecipado – de um governo em fase final e com dificuldades financeiras de
tamanha severidade? Esse é outro fator que aumenta e intensifica as dúvidas que
essas novas medidas trazem. O governo federal está em sua fase final – a
votação do impeachment no Senado Federal acontece em oito dias – e além da
falta de recursos, portanto, há a latente falta de governabilidade enfrentada
por Dilma Rousseff.
Há
meses, e principalmente após a aprovação do processo de impeachment na Câmara
dos Deputados, um eventual governo de Michel Temer começou a ser articulado e o
novo dirigente do Ministério da Agricultura ainda é uma incerteza. Segundo
Heinze, a pasta deverá ficar com o PP e há alguns nomes sendo analisados, mas
ainda nada definido. E até mesmo a postura de um novo ministro diante dessas
medidas é desconhecida, se serão continuadas ou se passarão por mudanças, e se
serão alteradas com discussões entre governo e agronegócio, ou não.
“Com
a chegada de um novo ministro, será necessário se colocar esse plano em
discussão com a Agricultura, a Fazenda, o Planejamento e o Banco Central para
saber o que continua e o que não continua, o que é possível e o que não é
possível, além de se discuti-lo com o setor. Por hora, ainda é muito incerto.
Mas o que é certo é que nós iremos garantir que a agricultura, empresarial ou
familiar, continue sendo respaldada”, diz o deputado.
Instituições
de Mato Grosso - Acrimat, AMPA, Aprosoja MT, Famato e o Governo de Mato Grosso
- criaram um documento listando as principais propostas e necessidades do
estado para o novo plano para ser encaminhada à Kátia Abreu e demais dirigentes
da pasta. São cerca de 22 itens.
"Cremos
que estas propostas contribuem positivamente com esse Ministério a realizar sua
missão de bem propor e executar as políticas públicas de amparo e
desenvolvimento ao setor e que sejam aceitas para compor o elenco de medidas do
Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017", informa o documento.
Coletiva da CNA
Para
trazer o posicionamento do agronegócio sobre o novo Plano Agrícola e Pecuário,
e as propostas do setor entregues ao vice-presidente da República, Michel
Temer, a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) realiza uma coletiva de
imprensa na tarde desta quarta-feira, às 15h.
Produtores terão crédito recorde de
R$ 202,88 bilhões no Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017
O
Plano Agricultura e Pecuário 2016/2017 destinará R$ 202,88 bilhões de crédito
aos produtores rurais brasileiros, valor recorde que representa aumento de 8%
em relação à safra anterior (R$ 187,7 bilhões). O plano foi anunciado nesta
quarta-feira (4), no Palácio do Planalto, pela presidente Dilma Rousseff e pela
ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Um
dos destaques é o crescimento de 20% dos recursos para custeio e
comercialização a juros controlados. A modalidade contará com R$ 115,8 bilhões.
Os
juros foram ajustados sem comprometer a capacidade de pagamento do produtor,
com taxas que variam de 8,5% a 12,75% ao ano.
Os
agricultores de médio porte tiveram prioridade. Os recursos de custeio para o
Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) cresceram 15,4% e
alcançaram R$ 15,7 bilhões, com juros anuais de 8,5%.
A
oferta de crédito agrícola tem crescido a cada safra, demonstrando o potencial
e a confiança dos produtores no setor. Somente nos últimos cinco anos, os
recursos do Plano Agrícola aumentaram 89%, somando R$ 905,1 bilhões no
acumulado do período. Saltou de R$ 107,2 bilhões na safra 2011/2012 para R$
202,88 bilhões na atual.
Inovações
O
plano traz diversas inovações aos anteriores. Na pecuária de corte, a aquisição
de animais para recria e engorda deixa de ser considerada investimento e passa
para a modalidade de custeio. A mudança vai proporcionar ao produtor mais
recursos e agilidade na contratação do crédito.
O
Programa de Modernização à Irrigação (Moderinfra) prevê incentivos à aquisição
de painéis solares e caldeiras para geração de energia autônoma em cultivos
irrigados.
Para
o café, o novo plano aumentou o limite para financiamento de estruturas de
secagem e beneficiamentono Moderfrota. Por sua vez, no Programa ABC (Agricultura
de Baixa Emissão de Carbono), o governo pretende incentivar o plantio na
Amazônia de açaí, dendê e cacau.
Outra
novidade é que o Ministério da Agricultura negociou com os bancos a emissão de
Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para os produtores a juros controlados.
Nos planos anteriores, não havia essa opção. Os juros eram livres e,
consequentemente, menos atrativos ao setor produtivo. Além disso, os
Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), emitidos por empresas que
desejam atrair investidores, poderão ser corrigidos em moeda estrangeira desde
que lastreados na mesma condição.
O
Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 entra em vigor no dia primeiro de julho
deste ano e se estende até 30 de junho de 2017.
Plano Safra 2016/17 oferece R$203 bi
e juros mais altos
BRASÍLIA
(Reuters) - O Plano Safra para a nova temporada 2016/17 vai oferecer 202,88
bilhões de reais para a agricultura empresarial, num aumento de 8 por cento nos
recursos globais ofertados, mas os financiamentos com juros controlados ficarão
mais caros, informou nesta quarta-feira o Ministério da Agricultura durante o
lançamento do programa.
O
ministério destacou que o montante para custeio e comercialização a juros
controlados cresceu 20 por cento sobre a safra anterior, a 115,8 bilhões de
reais. Contudo, as taxas de juros vão variar de 8,5 a 12,75 por cento ao ano,
num ajuste que, segundo o governo, foi feito para não comprometer a capacidade
de pagamento do produtor.
No
plano 2015/16, os juros cobrados para a maior parte dos recursos de custeio foi
de 8,75 por cento.
O
Mapa anunciou ainda que negociou com bancos a emissão de 10,25 bilhões de reais
em Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para os produtores a juros
controlados, uma novidade em relação ao plano anterior, em que os juros eram
livres e por isso menos atrativos.
Em
outra frente, o Mapa também divulgou que os Certificados de Recebíveis do
Agronegócio (CRAs) emitidos por empresas que desejam atrair investidores
poderão ser corrigidos em moeda estrangeira desde que lastreados na mesma
condição.
Fonte: Notícias Agrícolas
Câmara
aprova MP que amplia Seguro de Crédito às Exportações
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida
Provisória (MP) 701/15, que amplia o uso de recursos do Fundo de Garantia à
Exportação (FGE) para a concessão de seguro nas exportações de produtos
agrícolas sujeitos a cotas de importação em outros países. O texto segue agora
para o Senado.
O objetivo da medida é aumentar a abrangência do
Seguro de Crédito às Exportações (SCE) e, consequentemente, as vendas de
produtos agropecuários brasileiros para o exterior. Pela proposta, o seguro
poderá ser recebido pelo produtor que vender o produto a um país e que, por
alguma razão, não venha a conseguir o pagamento, principalmente devido a
questões políticas.
O SCE é usado em operações de financiamento contra
“riscos comerciais, políticos e extraordinários” que possam afetar a produção
de bens e a prestação de serviços destinados à exportação. A expectativa é que
os bancos tenham menor resistência em conceder financiamento se o produtor
tiver em posse a garantia do seguro.
Atualmente, o FGE garante recursos para a contratação
do seguro apenas para as empresas do setor de defesa. A nova regra amplia a
concessão para produtores de açúcar, algodão e carne, entre outros.
Fonte: Agência Brasil
Ministério da Agricultura sofre ameaça de bomba nesta
4ª feira minutos antes do anúncio do Plano Safra; prédio foi evacuado
O
Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) sofreu uma ameaça de
bomba na manhã desta quarta-feira (4) minutos antes da oficilização do Plano
Agrícola e Pecuário (PAP) 2016/17, que contaria com a presença da ministra da
agricultura Kátia Abreu e da presidente Dilma Rousseff. O prédio foi
evacuado, mas ainda não há informações se o evento será cancelado.
O
prédio na Esplanada dos Ministérios foi esvaziado por policiais e homens
do Corpo de Bombeiros. De acordo com informações do jornal Correrio
Brasiliense, o chefe de segurança do Mapa recebeu um telefonema pela manhã
dizendo que há duas bombas no prédio. O Batalhão de Operações Especiais da
PM (Bope) foi acionado. As buscas pelo artefato acontecem neste momento.
A
ameaça de bomba no Ministério ocorre minutos antes do anúncio oficial das
diretrizes do Plano Safra 2016/17, marcada para às 10h desta
quarta-feira em cerimônia no Salão Nobre do Palácio do
Planalto. A equipe da ministra Kátia Abreu está a caminho da sede do governo
federal, mas ainda não há informações se o evento ocorrerá normalmente.
O
Plano Safra disponibiliza recursos para financiar a agropecuária nacional. O
investimento é estratégico para que o país continue aumentando sua produção e
garanta a oferta de alimentos de qualidade e com preço justo. Estima-se que
sejam anunciados R$ 200 bilhões em financiamentos.
Na
terça-feira (3), o governo já havia anunciado a liberação de R$ 30 bilhões para
o Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17. Os recursos estarão disponíveis a partir
de julho.
Após ameaça de bomba, polícia libera
entrada do Ministério da Agricultura
Os
trabalhos no Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
voltaram ao normal no fim da manhã desta quarta-feira (4), após a Polícia
Militar e o Corpo de Bombeiros não encontrarem nenhum explosivo no local. A
ameaça de bomba foi feita por telefone por volta das 8h40 para um membro da
equipe de segurança do Ministério.
Após
a ameaça, a PM foi avisada e cerca de 450 servidores do Mapa, de dois prédios
na Esplanada dos Ministérios, foram orientados a deixar o local. O Batalhão de
Operações Especiais da PM (Bope) chegou a ser acionado.
No
entanto, buscas foram feitas no prédio principal e no anexo até o fim da manhã
e nenhum artefato foi encontrado. Por volta das 11h da manhã, as autoridades
liberaram o acesso dos servidores ao prédio. Apesar da suspeita não ser
confirmada, o caso ainda será investigado pela Polícia Militar de Brasília
(DF).
A
ameaça de bomba no Ministério aconteceu minutos antes do anúncio oficial das
diretrizes do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2016/17, que disponibilizou R$
202,8 milhões para financiar a agropecuária nacional.
Na
terça-feira (3), o governo já havia anunciado a liberação de R$ 30 bilhões para
o Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17. Os recursos estarão disponíveis
a partir de julho.
Fonte: Notícias Agrícolas
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