Quatro são presos por suspeita
de estupro
O Grupo Especial de Capturas da Polícia Civil (GCAP)
apresentou nesta quinta-feira (28) quatro pessoas suspeitas de cometer crime de
estupro em Rio Branco. São eles: Raimundo Tertuliano Mota da Silva, 63 anos;
Raimundo Ferreira Gomes, 30 anos, condenado a 14 anos de prisão; Marcos Antonio
Rambu Lopes, 47, também já condenado e Aldemir Valentin Siqueira de 38 anos,
com prisão preventiva.
As vitimas, segundo a polícia, tinham entre 9 e 28
anos e eram do círculo de amizades ou parentes dos suspeitos. A polícia chegou
até os suspeitos através de denuncia dos próprios familiares ou por denuncia
anônima.
Fonte: Ac24Horas
Contemplados ilegalmente, mais
de 60 pessoas podem ser presas; moradores já abandonam casas
Ao menos 60 pessoas já foram citadas no inquérito policial
que investiga a distribuição ilegal de casas populares do Acre. As
investigações ocorrem dentro da Operação Lares, cuja primeira fase foi
deflagrada pela Polícia Civil em fevereiro passado.
Nesta terça-feira, dia 26, uma nova etapa foi
executada, culminando com a prisão de servidores comissionados e
ex-terceirizados da Secretaria de Habitação e Interesse Social (SEHAB). Os
contemplados com residências devem ser acionados criminalmente falsidade
ideológica, corrupção passiva e estelionato.
Para terem direito às casas, os moradores assinaram
documentos e atestaram estar em situação de vulnerabilidade econômica e social,
critério indispensável a quem pretende receber uma casa popular construída com
recursos públicos. Além disso, seria necessário residir à época da inscrição,
em área de risco e alagadiça, ou seja, atingida pelas águas de mananciais em
cheias.
“Temos indícios de outras dezenas de pessoas. Vamos
investigar os envolvidos nesse esquema fraudulento. Esse é um trabalho de
continuação da Lares. Vamos abrir um novo inquérito para investigar a
participação de outras pessoas da Secretaria de Habitação. Vamos agora
encontrar meio para indiciar todos os envolvidos”, diz o delegado Roberth Alecar.
CASAS INVESTIGADAS
ESTÃO SENDO ABANDONADAS
Segundo investigador da polícia judiciária, não
resolve em nada abandonar as casas após saber das chances de punição. Uma vez
percebidos os crimes, eles são listados, o que automaticamente deve ser
remetido ao Poder Judiciário.
O delegado explica isso ao comentar o grande número de
casas que estão sendo abandonadas por moradores desde a terça-feira, dia em que
a Lares deflagrou nova fase. Nesta quarta-feira, , novas imagens mostram
moradores colocando os móveis para fora de casa, à espera de um veiculo para
fazer o transporte dos objetos.
O maior número de mudanças ocorre no bairro Rui Lino,
num dos conjuntos habitacionais construídos pelo governo do Acre. No local é
possível ver casas radicalmente reformadas e com a área de construção bastante
alterada. Além disso, muitas residências têm na garagem caminhonetes ou carros
de luxo. As suspeitas apontam que no conjunto muitas casas foram repassadas
ilegalmente.
CRIMES COMEÇARAM
ANTES DAS ELEIÇÕES DE 2014
Segundo as investigações, ao menos R$ 1 milhão foi
movimentado pela organização criminosa composta por servidores públicos lotados
na Secretaria de Habitação e Interesse Social (SEHAB), e na Junta Comercial do
Estado do Acre (JUCEAC). A promotora Marcela Ozório, membro do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), esclareceu que “isso acontece
desde a época de pré-campanha de governo”.
Os criminosos cobravam, segundo investigado, valores
entre R$ 5 mil e R$ 30 mil. O intuito era facilitar o acesso dos pagantes às
casas populares. Empresários também são alvos das investigações.
DIRETORES E
TERCEIRIZADOS DA SEHAB SÃO PRESOS
O governador Sebastião Viana mandou exonerar o
diretor-executivo da Secretaria de Estado de Habitação e Interesse Social
(Sehab), Daniel Gomes, e o colega dele de trabalho, Marcos Henrique Huck, que
respondia por um departamento técnico do órgão estadual.
Marcos e Daniel foram presos na terça, 26, durante a
segunda fase da Operação Lares, que investiga a distribuição ilegal de casas
populares. Os dois são acusados de comercializar casas e, inclusive, as
distribuírem a empregadas pessoais, como uma amante e um a ex-mulher de Daniel,
além da babá da filha de Marcos. Eles negam o cometimento de crimes.
As outras duas pessoas com prisão preventiva,
Rossandra Mara Melo de Lima e Cícera Dantas da Silva, técnica social e
terceirizada, respectivamente, em conjunto, faziam as vendas das residências
construídas com dinheiro público. Apenas Rossandra confessa os crimes e,
inclusive, coopera com as investigações, entregando desde documentos até
depoimentos que esclarecem o caso.
“A Rossandra vendia a casa e depois repassava o
dinheiro para o Cícera. A gente tem depoimentos sobre os pagamentos dentro de
um dos banheiros da Sehab. Se a Rossandra fosse orientada a vender por cinco,
ela ia lá, vendia por quinze mil e passava os cinco para a Cícera. Depois, ela
confessou que usou o dinheiro para abrir uma loja de doces e comprar carros”,
diz o delegado.
EQUIPAMENTOSFORAM
EXTRAVIADOS PARA DESTRUIÇÃO DE PROVAS
Computadores apreendidos durante a segunda fase da
Operação Lares comprovaram que Daniel Gomes e Marcos Huck extraviaram
computadores utilizados por eles próprios, Cícera e Rossandra. O objetivo era
destruir os arquivos que estavam nos aparelhos, dificultando assim que as
investigações chegassem a eles ou outras pessoas, que colaboravam externamente
com os crimes.
“Daniel e Marcos estavam ocultando provas. Eles
chegaram a ocultar computadores tanto da Cícera, como da assistente. Uma
tentativa clara de impedir que a polícia chegasse a mais nomes. Por isso eles
estão presos hoje. O Marcos Huck, coordenador técnico-social, entregou casa
para a babá dele. Ela não tinha o perfil porque não morava em área de alagação.
Ela morava no Conquista”, completa o investigador Roberth Alencar.
Fonte: Ac24Horas
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