Boi
Gordo: Preços seguem firmes em mercado com poucos negócios
Sexta-feira típica de poucos negócios com o boi gordo. Os preços estão firmes.
Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve valorização em duas.
Gradativamente a oferta vem melhorando em algumas regiões, porém, não o suficiente para alterar os preços.
Em São Paulo, nas praças de Araçatuba e Barretos, a arroba do macho terminado está cotada, à vista, em R$157,50 e R$155,50, respectivamente. Desde o início do ano os aumentos foram de 6,1% e 6,4%, na mesma ordem.
As indústrias paulistas estão com programações de abate de quatro dias, em média, entretanto, a ociosidade está elevada.
Esse fator possibilita que os estoques continuem enxutos, já que mesmo com o início do mês o escoamento da carne continuou baixo. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,83/kg, queda de 1,0% em uma semana.
Frango Vivo: Depois de semanas de estabilidade, preços recuam em Minas
Gerais nesta 6ª feira
Após
algumas semanas de estabilidade, as cotações para o frango vivo registraram
queda de preços sexta-feira (06). Em Minas Gerais, a referência de negócios
cedeu R$ 0,05, de acordo com dados da AVIMIG (Associação dos Avicultores de
Minas Gerais). Com isso, a cotação é de R$ 2,90/kg no estado. Segundo
levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes,
esta foi a única baixa da semana.
Há
semanas o mercado vem registrando preços firmes, mesmo com a necessidade de
reajustes devido aos altos custos de produção. Porém, com a demanda
enfraquecida no cenário doméstico nos últimos meses, os preços não conseguem
reação. O boletim do Cepea aponta que as dificuldades econômicas têm afetado
diretamente o consumo das proteínas.
“Apesar
desse desempenho [das exportações], que ajuda a enxugar a oferta doméstica, os
preços internos da carne de frango estão em queda nesta primeira semana de
abril em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea”, apontam os
pesquisadores.
Em
entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Sindiavipar (Sindicato das
Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná), Domingos Martins, explica
que existe a dificuldade de repassar custos ao consumidor final. "Embora
as outras proteínas estejam em preços mais elevados, nos não conseguimos
repassar a alta nos custos em função da situação econômica que atravessa o
país", explica Martins.
Já
o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a expectativa
neste início de mês era de retomada nas cotações, favorecido pelo período em
que o consumo é maior – além de ter encerrado o período de quaresma. “Isso
acabou não acontecendo reflexo do expressivo alojamento de pintos de corte
durante o primeiro trimestre”, acrescentou.
O
analista também aponta que o mercado necessita de reajustes, ainda puxada pela
alta do milho, que afeta diretamente nos custos de produção. Apenas nesta
semana, o indicador Cepea se aproximou dos R$ 50 pela saca de 60 quilos.
O
Centro aponta apesar da colheita da safra de verão, há pouca disponibilidade no
mercado, além de muitos negócios antecipados. “Com dificuldade de encontrar o
cereal no mercado interno, principalmente grandes lotes, agentes ligados à
produção de proteína animal já tem feito algumas importações de países vizinhos
como Paraguai e Argentina”, aponta o Cepea.
Com
isso, a Agroconsult projeta que as aquisições de milho da Argentina podem
chegar a 700 mil toneladas, com a demanda de produtores de aves e suínos – o
que poderia ser o maior volume de compras desde 2000.
Exportações
Por outro lado, as exportações seguem em alta,
contribuindo para o enxugamento da oferta de animais no mercado. De acordo com
a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em março foi registrado o
maior patamar mensal do ano. Para a carne de frango – considerando todos os
produtos (in natura, salgados, embutidos e processados) – foram exportadas
403,4 mil toneladas em março, volume 15,6% superior ao mesmo período de 2015.
Já os dados de carne in natura, chegaram a 368,6 mil
toneladas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC). Com média diária de 16,8 mil toneladas, o resultado é superior
em 10,5% em comparação aos dados de fevereiro. Já em relação a março de 2015, o
crescimento é ainda maior, de 16,3%. Em receita, os dados apontam para US$
510,8 milhões, com o valor por tonelada em US$ 1.385,6.
Suíno Vivo: Semana encerra com preços em queda na maior parte das
regiões
Nesta
sexta-feira (08), as cotações para o suíno vivo encerram o dia estáveis nas
principais praças de comercialização. Por outro lado, a semana foi marcada por
baixas nas cotações na maioria das regiões – mesmo sendo o período de maior
consumo pelo recebimento de salários.
A
pesquisa semanal realizada pelo economista do Notícias Agrícolas, André
Lopes, aponta que a maior baixa registrada foi em Santa Catarina. Os negócios
passaram de R$ 3,40/kg para R$ 3,00/kg – o que representa um recuo de 11,76%
nos últimos sete dias.
Em
São Paulo, as cotações cederam 4,41%, após semanas de preços estáveis na praça
de comercialização. A bolsa de suínos do estado definiu negócios entre R$ 63 a
R$ 65/@ - ou R$ 3,36 a 3,47/kg vivo. Na última semana, a referência estava
entre R$ 66 e R$ 68/@, porém diversas vendas estavam sendo realizadas abaixo do
valor de referência.
Em
Mato Grosso, a semana também de saldo negativo. Na praça, os preços recuaram
2,50% na semana, com referência de negócios em R$ 2,73/kg, segundo o site da
Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso).
Em
Minas Gerais, as cotações caíram 2,78%. A bolsa de suínos definiu cotação em R$
3,50 pelo quilo do vivo para os próximos dias, um recuo de R$ 0,10. Na semana
anterior, a bolsa de suínos havia definido preço em alta, apesar de não ter
existido um acordo entre produtores e frigoríficos. O valor também vale para
Goiás.
Já
no Rio Grande do Sul, a semana foi de estabilidade nas cotações. De acordo com
a pesquisa realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio
Grande do Sul), os preços médios pagos aos produtores independentes seguem em
R$ 3,29/kg. Para os integrados, a média de preços registrou redução e fechou em
R$ 2,86/kg.
Por
outro lado, os custos de produção no estado gaúcho continuam subindo. Ainda
segundo a pesquisa semanal, o valor médio pago pela saca de milho de 60 quilos
subiu para R$ 42,00 – na última semana estava em R$ 40 por saca.
Com
isso, custos de produção continuam como preocupação para o setor, que seguem em
alta devido a subida no valor do milho no mercado interno. Com a valorização do
dólar frente ao real, as exportações de cereal tiveram crescimento considerável
desde o último trimestre de 2015, além da escassez da oferta de milho.
Segundo
o Cepea, a colheita da safra de verão tem seguido nas principais regiões, mas a
disponibilidade é pequena, enquanto os negócios seguem aquecidos. “Com
dificuldade de encontrar o cereal no mercado interno, principalmente grandes
lotes, agentes ligados à produção de proteína animal já tem feito algumas
importações de países vizinhos como Paraguai e Argentina”, aponta o Centro.
Além
das altas nos custos de produção, o analista da Safras & Mercado, Allan
Maia, explica que a demanda está retraída, mesmo com a primeira quinzena do mês
– quando é maior o consumo – e avalia que no curto prazo novas quedas não estão
descartadas. O Cepea também aponta que as altas temperaturas e as dificuldades
econômicas têm inibido o consumo da proteína.
“Apesar
de ser o período do mês (primeira quinzena) onde o apelo ao consumo tende a ser
maior, devido à entrada da massa salarial, os preços não mostram sinais de
recuperação”, avalia o analista, Allan Maia.
Exportações
Enquanto
o consumo no mercado interno está retraídos, as exportações seguem em
crescimento. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) explica que em
março foi registrado o maior valor mensal de embarques de 2016. "O
resultado mensal de março é um recorde histórico nos embarques de carne suína
in natura. Diversos destinos vêm apresentando elevações nas compras. A Rússia,
por exemplo, expandiu suas importações em 75 por cento", disse o
presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.
Segundo
o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as
exportações da carne suína in natura para o mês de março chegou a 56,7 mil
toneladas, com média diária de 2,6 mil toneladas. Há um acréscimo de 11,8% em
comparação com dados de fevereiro, enquanto que o crescimento em relação a
março de 2015 é ainda maior, de 85,1%.
Fonte: Notícias Agrícolas + Scot
Nenhum comentário:
Postar um comentário