Tião Viana destaca que partido lutará para evitar
derrota de Dilma no Senado
“O golpe foi dado na Câmara Federal à sociedade
brasileira. Os deputados rasgaram a Constituição. O sentimento é de tristeza
por nossa representação em modo geral, por não se ver identidade com o povo”,
frisou.
Tião Viana comentou também que a militância do Partido
dos Trabalhadores lutará para evitar que Dilma Rousseff seja retirada do cargo.
“A presidente Dilma foi colocada naquele cargo de forma legítima, portanto, nós
vamos lutar com todas as forças. Acreditamos na democracia, nos valores éticos,
no papel do parlamento, do Judiciário, da verdade e na importância da história.
A história das liberdades, das democracias não interrompidas é muito melhor que
a história dos golpes e dos momentos autoritários”, declarou.
Quanto à votação no Senado Federal, o governador
pontuou que espera dos senadores uma atitude diferente dos deputados federais.
“Do Senado eu espero o que eu esperava da Câmara e, infelizmente, não tivemos.
Consciência de que a presidente cumpre com seu papel de forma honesta e
positiva, portanto, não há motivos para querer sua saída”.
Tião finaliza sua fala ressaltando que “os
representantes do povo rasgaram a Constituição”, ao se referir ao resultado da
votação.
“O nosso país não conseguiu ter 30 anos sequer de
democracia mantida. Sempre têm golpes e interrupções à democracia. Espero que o
povo brasileiro esteja firme no combate à mentira e defenda a Constituição. Não
podemos mais aceitar que falsos representantes do povo rasguem a Constituição”
Impeachment não terá nem postergamentos, nem ‘rito
sumário’, diz Jorge Viana
O
vice-presidente do Senado Federal, Jorge Viana (PT-AC), destacou que a casa
legislativa dará um rito estritamente constitucional ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O
senador afirmou que essa conduta do Senado vai garantir um ritmo que não
permita postergamentos ou atropelos do processo.
“Sabemos da responsabilidade do Senado em relação a
esse assunto. Vamos tratar com a devida seriedade que ele merece, diferente do
que foi feito na Câmara dos Deputados. Portanto, a decisão é dar um rito
conforme estabelece a Constituição”, disse Jorge Viana.
O senador comentou ainda sobre a reunião realizada na
última terça-feira, 19, onde ficou decidido que a divisão das vagas na comissão
que analisará o processo será feita por blocos partidários, e não por partidos.
“Foram debatidos os critérios importantes para a análise do processo de impeachment da
presidente Dilma. Lamentavelmente tivemos que optar por ser por bloco devido ao
número de partidos. Dessa forma, até sexta-feira, 22, os partidos deverão
indicar os componentes da comissão, que será instalada na próxima terça–feira,
26”.
Ele citou também os critério de escolha dos
componentes da comissão e suas expectativas para a situação, inclusive sobre a
proposta de emenda à Constituição apresentada na última terça-feira, 19, por um
grupo de senadores. Eles pediram a realização de eleições diretas para a
Presidência da República no próximo dia 2 de outubro, quando ocorrem eleições
municipais.
“Os senadores que assinaram essa proposta tem o
entendimento de que o vice-presidente não possui a legitimidade necessária para
assumir o cargo. Questionam que ele não teve votos, portanto, se faz necessária
a realização de uma nova eleição. Diante da possibilidade de tirar alguém e
colocar outro, alguns colegas defendem que se coloque alguém que tenha tido
voto”.
Por fim, Jorge pede cautela da sociedade quanto a esse
assunto. “Temos que ter muito cuidado, pois, com a saída de uma pessoa colocada
de forma legítima no cargo, o país pode entrar em uma instabilidade enorme.
Quem vai para a rua quer um país melhor. Mas, quem garante que esse próximo
governo ilegítimo será melhor?”, finalizou.
Fonte: A Gazeta
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