CNA defende atuação junto a parlamentares indecisos
para aprovar pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff
Entidade mobiliza a vinda de milhares de produtores a
Brasília para acompanhar votação no próximo domingo
Brasília
- O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),
José Mário Schreiner, defendeu, um trabalho intenso de mobilização para
convencer os parlamentares indecisos a votarem a favor do impeachment da
presidente Dilma Rousseff. A manifestação foi feita no encontro semanal da
Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no qual ele apresentou as ações e a
programação do movimento “Vamos Tirar o Brasil da Lama – Impeachment Já”, que
deve reunir milhares de produtores de todo o país na Esplanada dos Ministérios
no próximo domingo (17/4), quando deve ser concluída a votação do pedido de
afastamento da presidente da República na Câmara dos Deputados.
Segundo
Schreiner, a ideia é que parlamentares, presidentes de federações, sindicatos e
produtores rurais atuem junto aos deputados que ainda não decidiram seu voto
para que votem a favor do impeachment. Além da vinda das comitivas de
agricultores e pecuaristas a Brasília, haverá atos a favor do impeachment nos
27 estados, simultaneamente às ações do Movimento Brasil Livre (MBL). “Estamos
em um empenho total, mobilizando nossas bases para buscarmos essa vitória no
domingo e devolvermos o Brasil a todos os brasileiros”, afirmou o
vice-presidente da CNA, que está coordenando as ações do movimento.
Na
avaliação da CNA, fatores como a desestabilização da economia, inflação,
desemprego, queda de rentabilidade e do poder aquisitivo e a incitação à
violência no campo, com invasão de propriedades, exigem de toda a sociedade uma
postura mais firme pela saída de Dilma Rousseff do poder.
Nota oficial sobre a posição da SNA (Sociedade Nacional de Agricultura)
a respeito da crise atual.
É imperioso restaurar a dignidade do Brasil
A
Sociedade Nacional de Agricultura, a mais antiga instituição brasileira voltada
para a promoção e a defesa do agronegócio, vem manifestar sua perplexidade com
a deplorável crise ética, política, e econômica que se alastrou no País,
a partir da revelação do maior esquema de corrupção do mundo, implantado em uma
empresa pública, a Petrobrás. Tal fato vem sendo divulgado nas principais
revistas e jornais de circulação mundial como The Economist, Financial Times,
New York Times e outros.
Estamos
assistindo, estarrecidos, a um lamentável espetáculo de apego ao poder,
desrespeito às leis e intolerância às regras constitucionais pelo atual
governo.
O
Executivo está imobilizado. O Congresso, desacreditado. O Judiciário,
hipertrofiado, começa a dar sinais de enfraquecimento.
A
classe empresarial permanece acuada, com algumas de suas mais emblemáticas
figuras denunciadas pelo engajamento em esquemas de corrupção sistemática,
patrocinada conforme dito e repetido em colaborações premiadas de agentes
criminosos.
Líderes
dos autodenominados movimentos sociais pregam a desordem e conclamam seus
seguidores para um enfrentamento criminoso, como invasões
a propriedades privadas, fato que poderia ensejar a intervenção das Forças
Armadas. E o fazem sob o olhar condescendente da senhora Presidente da
República.
O
ambiente no mercado e nas classes produtoras é de incerteza e acelerada
deterioração, com risco de desordem social. O agronegócio está apreensivo. Deus
nos livre de uma guerra civil!
No
plano internacional, perdemos o respeito e a consideração que havíamos
conquistado a duras penas. Hoje somos considerados lixo.
É
preciso dar um basta, um fora a isso tudo! Os brasileiros necessitam ver
sua dignidade resgatada.
A
sociedade brasileira não suporta mais assistir às ilicitudes, à corrupção e aos
acordos entre políticos celebrados à margem da lei e dos costumes honestos. É
necessário punir todos os envolvidos em práticas criminosas, sem exceção.
Defendemos
a destituição do atual governo, seja pelo impeachment, pela cassação da chapa
Dilma-Temer por parte do TSE, ou ainda por um acordo político que viabilize a
realização de novas eleições em curto prazo. E que o novo governo seja de
conciliação, capaz de superar os conflitos políticos e agregar em harmonia os
diversos segmentos da sociedade brasileira.
O
agronegócio brasileiro é o único segmento que vem apresentando ganhos
consistentes à economia. Representa cerca de 23% do PIB e 34% dos empregos
brasileiros. Em 2015 foi o único setor que se expandiu, com crescimento de
1,8%, enquanto o PIB recuou 3,8%. É o agronegócio que garante o equilíbrio da
Balança Comercial, respondendo por cerca de 50% do total de nossas exportações.
Reconhecemos
o excepcional trabalho que vem sendo realizado pela ministra Kátia Abreu à
frente do Ministério da Agricultura, principalmente na conquista de novos
mercados para os produtos do agronegócio brasileiro, e nos esforços em busca da
desburocratização e dos ganhos de eficiência no ministério.
Assim
como o agronegócio é um exemplo de sucesso na economia brasileira, o Ministério
da Agricultura é uma das raras ilhas de excelência no atual governo.
Somos
solidários à ministra Kátia Abreu por sua postura nessa crise, mantendo-se
firme em defesa do agro, ainda que tal posicionamento signifique algum desgaste
pessoal.
O
agronegócio precisa de segurança jurídica, estabilidade econômica e harmonia
para continuar sua trajetória de crescimento e tornar-se o maior exportador
mundial de alimentos.
Esse
é o verdadeiro lugar do Brasil.
Pró impeachment: Faeg convoca produtores e realiza novo
adesivaço em dois pontos da cidade
Para
engrossar o coro de apoio ao processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) realiza nesta
quarta-feira (13) uma nova manifestação em Goiânia. A entidade mobilizou
produtores e lideranças rurais e até o final da semana deve realizar várias
ações de apoio ao afastamento da chefe de estado. Nesta última sexta-feira (8)
os pontos escolhidos foram a Praça do Ratinho, no Setor Sul, e a sede da
Polícia Federal (PF), no Setor Bela Vista. Desta vez, a manifestação, em forma
de adesivaço, acontece na porta daFaeg, no Setor Sul e no Parque Vaca Brava, no
setor Bueno - ambos a partir das 17h30.
A
Federação, que já vem acumulando apoio de outras entidades, objetiva ratificar
a postura de que entende que só a união gera mudança e que nesse momento o
melhor para a sociedade brasileira é a cassação do mandato da presidente. Na
terça-feira (5), o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, esteve em
Brasília onde se reuniu com dirigentes de federações estaduais de agricultura
de todo o país. Na quarta-feira (6), ele se encontrou com Hugo Goldfelf,
presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e nomes
importantes da agropecuária. Com ambos encontros a Faeg ganhou
reforços na defesa da do impeachment.
Para
Schreiner “chegou a hora de buscar soluções e medidas para toda essa situação.
A presidente não está se mostrando capaz de unir a sociedade para um grande
pacto de recuperação da economia”. Ele explica que o apoio ao impeachment
também foi agravado pela declaração de Aristides Santos, da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, que defendeu a invasão de terras
durante cerimônia no Palácio do Planalto.
“O
setor agropecuário vinha resistindo a esta maré depressiva e mantendo seus
níveis de produção, de emprego e de vendas ao exterior. Porém, os efeitos do
esfacelamento da economia agora chegam até nós. Produtores de todo o país se
preparam para tempos muito difíceis e adiam investimentos, prevendo os riscos
que se prenunciam no horizonte. A produção cresce na medida em que houver
segurança e previsibilidade”, disse Schreiner.
Fonte: CNA + SNA + Faeg
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