Chuvas
provocam perdas estimadas em R$ 400 milhões na agricultura gaúcha
As perdas provocadas no campo por conta das chuvas no
Rio Grande do Sul motivaram o secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo,
a se reunir nesta quinta-feira com prefeitos da Associação dos Municípios da
Zona Sul, em Pelotas. A reunião está prevista para as 14h, na sede da
Associação. As perdas já somam R$ 400 milhões, segundo levantamento
preliminar apresentado pela Emater.
Ernani Polo afirmou que a reunião entre prefeitos
locais e o governo do Estado busca auxiliar, principalmente, os agricultores
ligados ao cultivo de arroz e soja, que estavam em período de
colheita. “Os impactos são localizados na produção agrícola. Nesta
reunião, pretendemos fazer o encaminhamento de informações especialmente para o
Ministério da Agricultura. São produtores que estão perdendo a produção, porque
começava o período de colheita. Essa chuva provocou prejuízos consolidados
mesmo que pare de chover agora. Por essa situação dramática, justifica-se esta
ida até lá para conversar com os prefeitos”, disse.
Fonte:
Correio do Povo
Com prejuízo
de R$ 1 bi, produtores do oeste da Bahia buscam crédito
Produtores de milho, soja e algodão da região oeste da
Bahia, a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) se reúne com
bancos e fornecedores em rodadas de negociações para pedir mais crédito e
análise do caso de cada produtor, tendo em vista às perdas de safra ocasionados
pela falta de chuva. A estimativa é que o prejuízo chegue a R$ 1 bilhão.
“O nosso histórico é de produtividade, de crescimento.
O que nós precisamos agora é que o crédito seja mantido na região e os
produtores que tiverem que fazer renegociação caso a caso que tenham acesso a
isso, como o manual de crédito rural permite”, diz o presidente da Aiba, Júlio
Busato.
Em reunião realizada nesta semana com a associação, o
superintendente estadual do Banco do Brasil, Carlos Alberto Ramos, disse que
instituição sabe que a agricultura passa por um momento delicado e já sinalizou
apoio.
“Seja qual for a situação definida, o banco sempre
estará aberto para analisar a situação de cada produtor, fazer recolhimento de
receita que de fato ocorreu, prorrogar o que precisa ser prorrogado e apoiar
com novo financiamento”, afirma.
Com a falta de chuvas, grande parte das lavouras de
milho, soja e algodão foi perdida. Segundo estimativa da Associação dos
Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a região terá 37,5% de quebra na
safra da soja e 30% na de milho. O algodão ainda não começou a ser colhido, mas
a estimativa é que as perdas na cultura cheguem a 40%.
As perdas na fazenda do produtor Selmo Cerrato estão
acima da média da região. Ele soma perdas de 60% da soja, e até 70% do milho.
Ele aposta na próxima safra para equilibrar o prejuízo.
Fonte:
G1 - BA
China taxa
produtos agropecuários de valores mais agregados do Brasil
Estudo divulgado nesta quarta-feira (20) pela
Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra que, para
proteger sua indústria doméstica, a China tem abusado no uso de escaladas
tarifárias - diferença entre a taxação da matéria-prima e seus respectivos
itens processados. Tradicional importador de commodities e principal destino
das exportações agropecuárias brasileiras, o país asiático dificulta, portanto,
o ingresso de produtos de maior valor agregado do Brasil.
Segundo a CNA, as escaladas tarifárias são cada vez
mais altas, o que afeta o comércio bilateral. Em alguns casos, a proporção
chega a 30 pontos percentuais em relação ao insumo. Os produtos mais afetados
são cacau, café, amendoim, oleaginosas e vegetais .
Os processados a partir do amendoim enfrentam as
maiores escaladas. Segundo o estudo, a matéria-prima é isenta de taxa, enquanto
sobre o amendoim preparado ou conservado incide uma alíquota de 30% para entrar
na China. Enquanto a China importou US$ 2,16 bilhões no mercado internacional,
não houve registro de compras provenientes do Brasil.
No caso do café solúvel, a escalada tarifária chega a
22 pontos percentuais. Os chineses têm aumentado o consumo de forma expressiva
nos últimos anos, mas apenas 0,2% do volume importado por eles vêm do Brasil.
Em relação ao cacau, o grupo que inclui manteiga,
gordura e óleo também tem sofrido com as altas tarifas de importação para, com
escaladas tarifárias de 14 pontos percentuais. O Brasil tem 2% de fatia no
mercado internacional destes produtos. Entretanto, a China, apesar de ser
responsável por 1,6% das compras mundiais, não tem qualquer volume adquirido
pelo país asiático.
“O fato de o Brasil não acessar o mercado chinês
sugere que a escalada tarifária pode estar constituindo uma barreira proibitiva
ao comércio brasileiro com o país asiático”, destaca o estudo.
Quanto às oleaginosas, a China é o principal destino
da soja em grão brasileira. Entretanto, o mesmo não se pode dizer sobre seus
derivados processados. De acordo com a CNA, o Brasil é o segundo maior
exportador mundial de óleo de soja, mas as alíquotas aplicadas para acesso ao
mercado asiático têm sido uma barreira. A escalada, neste caso, é de 6 pontos
percentuais, diferença entre 9% da taxa de importação para o produto
industrializado e de 3% sobre a matéria-prima.
Fonte: Gazeta do Povo
 



 
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