As chuvas constantes em
Mato Grosso do Sul, principalmente na região sul, já comprometeram 1,37 milhão
de hectares de soja (56,7% do total de 2,4 milhões de hectares plantados) da
safra 2015/2016. Da área prejudicada, ao menos 130 mil hectares já tem como certa
a perda total, o que representa redução de 390 mil toneladas de soja para a
produção (estimada em 7,2 milhões de toneladas) e R$ 468 milhões para a
economia estadual. Os dados são da Associação dos Produtores de Soja e Milho do
Estado (Aprosoja/MS), que fizeram ontem o lançamento oficial da colheita dos
grãos e plantio do milho.
Se os prejuízos forem
confirmados, a expectativa de safra recorde para o Estado deve ser frustrada e
a produção ficar em torno de 6,8 milhões de toneladas, ou seja, menor que a
safra 2014/2015 (6,9 milhões de toneladas).
Chuva ameaça produção no MS e governo autoriza construção de valas de
drenagem
O governo do Estado
autorizou a construção temporária de valas de drenagem para escoamento de água
em áreas de plantios agrícolas e silviculturais. A medida foi publicada no
Diário Oficial desta quinta-feira (14) e segue até 31 de março.
A justificativa da
medida é que a produtividade está ameaçada pelo grande volume de chuva que
atinge o Estado. “Vários produtores já começaram a dessecar a soja e o elevado
volume de chuva pode prejudicar esse processo, trazendo prejuízo para a
produção agrícola. O que estamos fazendo é oferecer uma alternativa temporária,
que só vale para as áreas agrícolas e de silvicultura, sem prejuízo às questões
ambientais.”, afirma o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico,
Jaime Elias Verruck.
A construção das valas
deve respeitar critérios como criação de projeto técnico simplificado que
avalie questões como profundidade e drenagem da água, evite danos às
propriedades vizinhas, não comprometa a profundidade do lençol freático e não
contribua com processos erosivos. “A aberturas da vala não precisará de
licenciamento, mas tem que ter um projeto técnico assinado por um
profissional”, lembra Jaime Verruck.
Em municípios como Aral
Moreira, Ponta Porã e Laguna Caarapã, os produtores já sofrem os efeitos do
grande volume de chuva e muitos produtores precisarão drenar as lavouras para
eliminar os excessos. “A persistência do clima chuvoso num solo saturado
provoca o encharcamento. Já temos esse tipo de ocorrência em diversas
propriedades no Estado. Essa situação é preocupante e reforça a importância da
resolução”, diz o secretário de Produção e Agricultura Familiar Fernando Lamas.
Fonte: Correio do Estado
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