Sistema Mandalla: um projeto auto-sustentável promissor para o Brasil


No Brasil, a agricultura familiar representa 84,4% das propriedades rurais, 75,7% da população ocupada na agricultura e 38% do valor bruto da produção agropecuária, segundo o Censo Agropecuário do do IBGE.

Isso significa que a agricultura familiar, ao contrário do que muitos pensam, tem um papel fundamental na produção dos alimentos e na manutenção da economia agrícola brasileira. O homem do campo forma, assim, a base da economia primária do Brasil. Porém, ele carece de incentivos, meios e condições técnicas e econômicas adequadas, as quais deveriam dar os suportes necessários para uma boa qualidade de vida, servindo essas mesmas para incrementar o seu potencial produtivo e a sua relação saudável e equilibrada com o meio ambiente.


O sistema de produção agrícola predominante no Brasil tem afetado gravemente as famílias que vivem no campo. Elas têm sido exploradas economicamente e privadas dos conhecimentos nativos de suas culturas locais quanto aos recursos e formas de produção tecnologicamente inteligentes e ecologicamente sábios. Além disso, a atual cultura globalizada de massas, vazia de valores humanos essenciais, junto com as ideologias políticas desgastadas, desumanizadas e rançosas, os tem afetado economicamente, como também minado e destruído suas próprias culturas tradicionais e suas reais possibilidades socio-econômicas, fazendo-os ainda hoje migrarem em massa para os grandes centros urbanos.

O Sistema Integrado de Produção Mandalla ou Projeto Mandalla é uma forma de agricultura familiar autossustentável peculiar que tem tido bons resultados em muitos estados do país.
A abordagem do projeto leva em conta os recursos ambientais e as características sociais, econômicas e culturais de cada região, e espera conseguir sempre um desenvolvimento sistêmico dos grupos e comunidades que adotam o Sistema Mandalla.
Em boa parte das regiões onde o Sistema de Produção Mandalla tem sido adotado, existe crescimento econômico, familiar e social, além do reflorescimento das culturas humanas tradicionais. Junto com isso, os recursos naturais têm sido utilizados inteligentemente.  A educação dos novos tem sido mais ampla, rica e bem orientada em valores humanos essenciais, porque recuperou os positivos modelos culturais tradicionais.
Porém, mesmo com todo esse alcance e benefícios, o Sistema Mandalla não tem nenhum vínculo com a esfera política, nem é partidário de nenhuma ideologia econômica, social ou política em particular. O projeto é voltado para os indivíduos e a coletividade dentro de uma perspectiva altruísta, benevolente e comunitária.

Já existem milhares de Sistemas Mandallas em dezenas de cidades brasileiras e em diversos estados. Em algumas regiões, os cultivadores que vivem a partir do Sistema Mandalla chegam a receber mais de R$ 2.000,00, o que é muito mais do que receberiam trabalhando em lavouras ou criadouros de terceiros. A partir disso, a economia local é estimulada e uma prosperidade saudável e equilibrada aparece na região, dentro dos parâmetros e recursos socioambientais possíveis. Isso impede naturalmente a opulência, a desigualdade social e a má distribuição de riquezas e de recursos materiais.


O Sistema Mandalla utiliza os próprios recursos naturais, aproveitando ao máximo todos os elementos ambientais locais (água, terra, sol, vento, e vegetação nativa) e as criações animais das próprias pessoas interessadas, economizando meios e recursos, reutilizando a água e reciclando nutrientes a partir dos excrementos dos animais e da compostagem, entre outros.
A construção do tanque de água, a feitura dos círculos concêntricos e a instalação do sistema de irrigação levam poucos dias para serem concluídos. Assim, a base de instalação do Sistema Mandalla é rápida.  O custo médio de sua instalação completa é cerca de R$ 1.300,00 a R$ 1.500,00, mas isso pode variar um pouco de região para região.
Por todos os múltiplos benefícios que promove, vale a pena conhecer o Sistema Integrado de Produção Mandalla.

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