A decisão do Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes (Dnit) em limitar o peso de caminhões com mercadorias para 18
toneladas de peso bruto no trecho da BR-364 entre Sena Madureira a Cruzeiro do
Sul, desde o último dia 20 de dezembro, gerou preocupação e revolta por parte
dos representantes de revendedoras de gás de cozinha.
Antes os caminhoneiros podiam trazer até 600 botijas
de gás. Com a nova medida apresentada esse número se limitará a no máximo 300
botijas. De acordo com os representantes de revendedoras de gás a situação
deixa o transporte inviável, pois vai gerar prejuízo e consequentemente a falta
de gás de cozinha no município.
“Nós não temos condições de nos deslocarmos para Rio
Branco para buscarmos 300 botijas. É prejuízo na certa. Hoje mesmo (28) meu
caminhão vinha carregado de botijas e ao chegar na balança de Sena Madureira,
não foi autorizada a passagem. O meu motorista teve que deixar 39 botijas
jogadas em Sena para poder seguir viagem”, desabafou Sisnando Gaspar,
representante da Amazongás.
Segundo ele, o gás que tem no município pode não ser
suficiente para suprir a demanda nos próximos dias.
“O gás que tem em Cruzeiro do Sul dá aproximadamente
para uma semana. E desse jeito vai faltar o produto pra toda a região, pois
também atendemos os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter,
Marechal Thaumaturgo e Guajará/AM”, destacou.
As revendedoras reclamam também de caminhões pipas que
trazem frequentemente 15 mil litros de combustível para Cruzeiro do Sul, o que
equivale a cerca de 450 botijões. “Queremos pelo menos essa quantidade de
peso também para nós que transportamos gás de cozinha. Se o governo e o Dnit
fizerem dessa forma, será uma medida justa, pois não prejudica a população nem
ninguém, pois a estrada já está destruída mesmo, ninguém fez nada nela, está
passando inclusive bitrem de nove eixos”, argumentou o funcionário da Fogás,
Márcio Nascimento.
Márcio explicou que não compensa para as empresas
trazer apenas 260 botijas em uma viagem de Rio Branco até aqui.
“Como vamos trazer 260 botijas num caminhão que cabe
600? Não compensa para a gente. Não queremos sair daqui para Rio Branco pra
termos prejuízo e principalmente prejudicar a população que já está cansada de
pagar coisa pelos outros. Hoje estamos aqui dando um alerta afirmando que vamos
parar esse transporte devido a essa redução de peso”, explicou Márcio
Nascimento.
Mensalmente Cruzeiro do Sul e região consomem mais de
20 mil botijas de gás de cozinha.
Até o fechamento desta matéria não conseguimos
contatar algum representante do Dnit. O representante do governo do estado em
Cruzeiro do Sul, Itamar de Sá, falou que o governo mediará a negociação entre
os empresários e Dnit.
Alexandre Gomes, do juruaonline.net
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